Primeira Presidência nega apelação de Kate Kelly
Para quem acompanhou o caso Kate Kelly, fundadora do grupo Ordain Women (Mulheres Ordenadas, tradução para o português) que foi excomungada em junho de 2014 (veja nosso artigo anterior), teve sua apelação à decisão do Conselho Disciplinar negada pela Primeira Presidência. Essa informação foi postada na data de hoje, no site de seu grupo.
Em seu artigo, Kate Kelly cita uma amiga: “Esperávamos que a Primeira Presidência fizesse bem-vindo o retorno Kate Kelly a Igreja” Esta alegação é um tanto estranha pois a Primeira Presidência deseja o retorno de todos os membros excomungados, mas isso requer um processo de arrependimento. O Senhor definiu mandamentos, seja pela Sua boca ou pela boca de Seus servos, e tais mandamentos precisam ser cumpridos. No caso de Kate, parte do arrependimento implicará em abandonar seus ensinamentos sobre sacerdócio para mulheres.
Ela também fala sobre igualdade de gênero, um discurso tipicamente feminista. Existem dois gêneros: masculino e feminino. Eles [gêneros] são diferentes e não há como ter tal igualdade [de gênero] sem frustrar o Plano de Deus. A diferença entre os gêneros faz parte da criação de Deus. A igreja nunca se manifestou, de nenhuma maneira, em apoiar essa ideia de igualdade.
Kate se sente desapontada com o ocorrido, mas salienta que está feliz e que tem uma ligação com Deus. Sabemos que o Pai Celestial a ama, assim como ama todos os seus filhos, sejam pecadores ou não, porém Deus não tolera o pecado. Deus sempre ouvirá nossas orações, independente do nosso estado aqui na Terra, mas a resposta por meio do Espírito somente virá mediante nossa dignidade, afinal, “iniquidade nunca foi felicidade” (Alma 41:10-11).
Apoiar os Apóstolos e Profetas e apoiar o sacerdócio é aceitar e cumprir suas palavras, independente de nossos desejos. Aquele que não compreende esse simples princípio de obediência a quem preside, sob autoridade do sacerdócio, não é digno dele. Querer receber o sacerdócio mas rejeitá-lo, quando lhe é exercido por seus líderes, é incompreensível.
Fico tentando compreender porquê a irmã Kate pleiteia com tanto empenho modificar a ordem do Senhor quanto ao sacerdócio a ponto de colocar em risco sua condição de membro da igreja e mesmo sua salvação.
Imagino que além de estar sendo enganada pelo inimigo, ela talvez não compreenda sua identidade como mulher e os sagrados dons dados exclusivamente à nós. Cada um, homem e mulher, tem seu devido papel no plano eterno. E isso é perfeito!
Tenho tantas responsabilidades como esposa, mãe e servindo nas organizações auxiliares da igreja que não consigo imaginar como seria ainda acumular responsabilidades no sacerdócio! Rsrsrs
Pode parecer um discurso de alguém cansada e entediada com suas tarefas, mas pelo contrário, sinto-me completa e muito privilegiada pelas mordomias que o Senhor confiou a mim como mulher.
Imagino que a irmã Kate também não tenha feito ou não compreenda os convênios q fez no templo…
Também não compreendo muitas coisas, mas aprendi que adquirimos testemunho das coisas de Deus a medida que fazemos a vontade Dele.
E isso é infalível!!
Espero sinceramente que a irmã Kate volte ao rebanho confiando em Deus e em seus líderes mesmo que não concorde ou compreenda a princípio. Se ela permitir, o Senhor dará a ela compreensão e alegria em seu papel divino de filha de Deus.
@Eloisa: Lindo, fico feliz em ver uma filha de Deus que honra seus convenios sagrados.
As mulheres são divinas, sagradas estão em um patamar muito elevado para serem iguais, elas são o inicio da vida, inicio do plano de Deus para salvação d seus filhos, como mães e esposas abençoam vidas com seu exemplo e serviço, como nosso Salvador o fez, o único amor aqui na terra que mais se aproxima do amor de Deus, parabéns a todas as filhas de Deus.
Pessoas como a Sra.Kelly me intrigam por algumas razões:
1. Exigir algo que nunca foi concedido a nenhuma mulher em nenhuma era (conhecida) das dispensações.
2.Exigir algo que não possuem uma base escrituristica de prática
3.Querer que o Senhor mude seu proceder por um simples capricho!
4.Ter o apoio do marido (que deve ser tão cego como ela)
5.Mesclar filosofias dos homens (feminismo) com uma pseudo história da igreja (supostas irmãs ordenadas por Joseph Smith)
Para mim quando uma pessoa acha que a Igreja é uma democracia, ela perdeu totalmente a fé nas revelações e é hora de ir embora! Saudade dos antigos apóstatas, eles saiam da igreja e fundavam as deles, não ficavam tentando mudar a do Senhor!
(Ps: Quem fala que a igreja é machista é um tolo!! As mulheres são muitas vezes superprotegidas e supervalorizada, em muitas alas tem mais voz do que os próprios lideres homens, sei o que estou falando, tenho 22 anos de igreja e servi uma missão, e na minha ala as irmãs só não comandam porque meu bispo é um homem inspirado, pois se não fosse elas tomariam o controle)
Perfeito seu comentário Glauco
Irmão, você expôs muito bem o pensamento! Especialmente o final sobre : Querer portar um Sacerdócio que não apóia? Realmente contraditório e inconsistente! E quem a segue, não percebe que seria vítima de suas “artimanhas sacerdotais ” ? O Plano de Deus é perfeito e isto é uma das formas mais grosseiras que já vi de “tentar dar conselhos ao Senhor “! Mas meu comentário é sobre a situação somente, pois julgá-la (pessoas) compete A Deus. Mas a nós nos é dado julgar coisas e situações para que possamos usar sabiamente nosso arbítrio!
Amigos, me preocupa o seguinte paragrafo:
“Ela também fala sobre igualdade de gênero, um discurso tipicamente feminista. Existem dois gêneros: masculino e feminino. Eles são diferentes e não há como ter tal igualdade sem frustrar o Plano de Deus. A diferença entre os gêneros faz parte da criação de Deus. A igreja nunca se manifestou, de nenhuma maneira, em apoiar essa ideia de igualdade.”
Amigos, dêem uma revisada nesse parágrafo, por favor. Parece um de difícil entendimento sobre a posição da igreja. Parece que, dessa forma, estamos desvalorizando as mulheres enquanto nós, membros, sabemos que isso está longe de ser a verdade!
Enquanto lia da primeira vez, pareceu-me um discurso machista, principalmente na seguinte frase: “Eles [os gêneros] são diferentes e não há como ter tal igualdade sem frustrar o Plano de Deus.”
O que difere da seguinte frase proferida pelo Elder M. Russel Ballard: “Os homens e as mulheres têm papéis diferentes, porém igualmente valorizados. ” (Os homens e as mulheres no poder do sacerdócio – Elder M. Russel Balard)
Acredito que é esta idéia que vocês querem passar!
Entendam que o que me preocupa é que qualquer pessoa que não seja um membro da igreja poderá ler isso com a mesma impressão que tive da primeira vez que li aquele parágrafo.
Hoje existe uma afirmação grande para que a mulher seja igual ao homem com relação aos direitos, salarios, etc, o que a igreja apoia completamente. Porém, acreditamos sim serem distintos os papéis dos gêneros.
Para alguém que não é membro, esse paragrafo pode, talvez, deixar marcas contra nossa própria religião!!
Não deixo esse comentário como crítica insensata, mas como construtiva e pedido de revisão.
Parabéns pelo trabalho,
Atenciosamente,
Rafael Araujo
Caro irmão Rafael, entendo sua preocupação. Mas corroborando com a citação: “Os homens e as mulheres têm papéis diferentes, porém igualmente valorizados. ” (Os homens e as mulheres no poder do sacerdócio – Elder M. Russel Balard) O Papel do homem e a mulher são diferentes, e o que difere homem e mulher é o gênero, portanto a diferença de gênero. Entendo que há uma grande agitação por direitos iguais e isso de certa forma a igreja apoia; porém jamais igualdade de gênero; Igualdade de gênero é pauta de movimentos LGBT e feministas, e se ser contra a tais movimentos é ser machista então a impressão está correta.
Em momento algum foi desvalorizado o papel da mulher. Pelo contrário eu exalto as mulheres. (O Papel das Mães no Plano de Deus)
Agora faça uma reflexão mais profunda sobre como seria o Plano de Deus admitindo-se igualdade de gênero.
Espero que tenha atendido seu questionamento.
@Leandro Ginatto: Irmão Leandro, eu entendi perfeitamente o seu comentário, e tenho a mesma visão que você. O que me preocupa não é a ideia em si, mas a maneira como ela foi redigida. O parágrafo está escrito de maneira que dá a entender, nas entrelinhas, que existe uma relação superioridade/inferioridade na relação entre os gêneros, e se causou esta impressão a nós dois, possivelmente tenha causado a mais gente.
Não estamos de maneira alguma criticando teu ponto de vista, apenas nos preocupamos que outrem venha a interpretar esse trecho de maneira errônea, pelo simples fato de não estar claro o que está sendo dito. A própria citação do Élder Balard, inserida no trecho, dissiparia qualquer sombra de dúvida.
De qualquer maneira, parabéns pelo texto, é uma ótima reflexão. De fato, sua conclusão resume de uma maneira simples e direta a incoerência de se desejar um Sacerdócio que não se apoia.
Att.,
Marcos Vinicios Rodrigues
@Mvrodrigues: Se eu fizer uma afirmação simples como: somente os homens tem o direito de receber o sacerdócio. Qualquer um poderia supor que nas entre linhas estou dizendo que os homens são superiores que as mulheres. Porém a afirmação não tem nenhuma relação com superioridade, mesmo porque ao se entender que o sacerdócio serve para servir, significa que nós portadores do sacerdócio somos serviçais, seja de nossa espoas, filhos, e os membros a quem servimos na igreja. Por mais que eu queira suavizar, algumas afirmações tem que ser diretas e sem rodeios, como a feita no início.
Em momento algum disse que perante Deus, homens e mulheres não possuem o mesmo direito as bençãos do sacerdócio e até mesmo o direito de serem exaltados. Todos sejam homens ou mulheres possuem direitos iguais as bençãos. Mas a maneira do Senhor é que homens e mulheres possuem papeis diferentes e são diferentes.
Resumidamente, Kate não foi a primeira a tentar mudar a maneira do Senhor, o próprio filho da manhã teve sua tentativa frustrada no conselho dos céus.