Falsos Princípios: Ninguém pode Julgar ninguém
Baseado nas discussões em aulas e reuniões da Igreja, pesquisei escrituras e citações oficiais para elucidar as ideias sobre “julgar ou não julgar”. Muitas vezes nossa opinião, durante essas aulas, podem ser um tanto errôneas e meu cuidado aqui é o de iluminar nossas ideias sobre esse dilema.
Ninguém Pode Julgar Ninguém?
Alguns tendem a postular que o julgamento é feito somente por Deus. Se pensarmos na autoridade de julgar isso será uma verdade, pois Deus possui todas as chaves. Porém, o Todo Poderoso delega chaves aos homens, como também nos permite agir de muitas maneiras, inclusive julgar os atos, uns dos outros.
Um exemplo prático sobre a autoridade delegada aos homens são os Bispos, os quais são Juízes em Israel. O Bispo, como Juiz, não somente pode como tem o dever de julgar os membros de sua ala. O missionário que faz a entrevista para o batismo é quem julga se o indivíduo está preparado para ser recebido nas águas do batismo. É evidente a necessidade e dever que os líderes do sacerdócio possuem de julgar o próximo.
Na vida secular estamos rodeados de julgamentos. Julgamentos de crimes, disputas jurídicas, julgamento de caráter, currículo, capacidade intelectual, física etc. Muitas profissões caracterizam-se por julgar o indivíduo.
Às vezes as pessoas acham que é errado julgar os outros no que quer que seja. Embora seja verdade que não se deve condenar os outros ou julgá-los injustamente, ao longo da vida, é preciso avaliar ideias, pessoas e situações. O Senhor deu-nos muitos mandamentos que não podemos guardar sem fazer julgamentos. Por exemplo, Ele disse: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas (…). Por seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:15–16) e “Saí do meio dos iníquos” (D&C 38:42). É preciso fazer julgamentos sobre as pessoas para tomar muitas decisões importantes, tais como a escolha dos amigos, o voto para escolher os governantes e a escolha do companheiro eterno. (Tópicos do Evangelho: Julgar os Outros)
Quando afirmamos, por exemplo, que o personagem “Inri Cristo” é um falso cristo, estamos julgando uma pessoa? Sim, julgando-o como um falso profeta e falso cristo baseando-nos nas obras que ele pratica. Julgamos suas palavras e ações, nos protegemos, assim, do que é falso e do que nos afastará do Deus verdadeiro.
Alerta ao julgar
O Senhor, porém, nos alerta ao modo de julgar. Precisamos ser justos e não julgar apressadamente. Muitos dizem que não devemos julgar as pessoas, mas na realidade não devemos julgar injustamente as pessoas, não nos apressarmos em nosso julgamento e não rotulá-las.
O bom julgamento é necessário não apenas para compreender as pessoas, mas também ao tomar decisões que, com frequência vão-nos conduzir para perto (…) de nosso Pai Celestial. (Desenvolver um Bom Julgamento e Não Julgar os Outros)
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que medirdes vos hão de medir a vós. E por que reparas no argueiro que está no olho de teu irmão, mas não atentas para a trave que está no teu olho?—Ou, como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro de teu olho—e eis que tens uma trave em teu próprio olho? Hipócrita, tira primeiro a trave de teu olho; e então enxergarás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. (3 Néfi 14:2–5)
Para exercermos o arbítrio de forma plena é importante saber julgar, lembrando que não cabe a nós, como indivíduos, condenar o outro. Ao julgar o melhor é focar em situações e não indivíduos.
Julgamento Final
Ao pensarmos sobre o termo “julgamento final” admite-se que já houveram outros que o antecederam. Quando somos julgados? A cada entrevista eclesiástica, ao nos preparamos para o batismo, para o sacerdócio, para o templo, entre outros. Nossas atitudes são averiguadas sob um padrão de dignidade e um veredito é dado. Homens também são julgados pelos seus atos contra a lei e são condenados à prisão ou multas. Todos esses são tipos de julgamentos que precedem o Julgamento Final. O Julgamento Final somente à Deidade pertence, e Deus designou ao Filho tal julgamento (João 5:22). Sabemos também que os doze apóstolos auxiliarão o Filho nesse julgamento (ver Mateus 19:28; Lucas; 1 Néfi 12:9–10; Mórmon 3:18–19), e o nosso julgamento será semelhante a um conselho no qual o Filho preside.
Muitas pessoas pressupõem qual reino de glória determinados indivíduos herdarão. Por costume dizem, por exemplo, que Adolf Hitler herdará o Telestial ou as Trevas e quando uma pessoa muito boa falece afirmam que ela estará no Reino Celestial; porém, este último julgamento não cabe a nós fazê-lo pois conhecer a lei não nos qualifica como juiz. Sim, esse Julgamento Final ninguém julga, senão os que estão sentados no trono.
FONTE: LDS.org Tópicos do Evangelho: Julgar os Outros Google Pesquisa Inri Cristo CG 2010 Desenvolver um Bom Julgamento e Não Julgar os Outros Escrituras Mateus 7:15–16; D&C 38:42; 3 Néfi 14:2–5; João 5:22; Mateus 19:28; Lucas; 1 Néfi 12:9–10; Mórmon 3:18–19